19 de fev. de 2015

Open House - 6 anos da Lorena

Já faz mais de seis meses que estamos em reforma em casa e a tão sonhada casinha de madeira das meninas, feita pelo marido, ainda não ficou totalmente pronta no nosso futuro novo jardim. Por isso, esse ano disse para a Lorena que não faríamos festa de aniversário para ela. Estamos rodeados por tapumes, barro para todos os lados... A resposta dela? "Tudo bem, mãe". Mais um aprendizado nesse mundão da maternidade, muitas vezes as necessidades que achamos ser das crianças são nossas, pode acreditar.
Mas daí o marido correu para finalizar a casinha, era feriado de carnaval e ela estava super ansiosa para chamar as amigas para brincarem. Mini-festa organizada em dois dias, check! Encomendei um bolo, brigadeiro, salgadinho de véspera e disse que ela poderia chamar três amigas. Com o número de convidados beeeem reduzido, ela mesma fez os convites para o seu Open House e eu tive a ideia de fazer a carteirinha personalizada para o novo clubinho das meninas.  
Na quinta-feira Lola desenhou os convites, na sexta entregamos para as três amigas e pedimos uma foto 3x4 de cada uma delas. Papai fez a arte da carteirinha e, no sábado, plastifiquei e já deixei todas prontas para o encontro.
E open house sabe como é, nada está pronto. Falta pintar, falta dar acabamento, falta colocar luminária... E tudo bem, está todo mundo feliz com a inauguração. Foi só dizer que poderíamos arrumar a casinha que Lola e Anita já fizeram fila trazendo suas cadeirinhas, livros, dois quadrinhos, bonecas e um pingente de passarinho. As bandeirinhas ficaram por minha conta.
Cada amiga que chegava, Lola descia o balde com a carteirinha do clube. E lá elas ficaram, mesmo sob a chuva (casinha aprovada!).
Não teve decoração e Lola quis usar a fantasia da Frozen (claro!) "Hoje você disse que eu posso fazer o que eu quiser, né mãe?" (claro!!) E ainda depois decidiu se vestir de menina-maravilha.
A super mesa do parabéns foi dois cavaletes e uma prancha de madeira, nem toalha eu fiz! Tive sim mil ideias super bacanas, faria de tecido, com portas e janelas. Depois mudei para o papel craft e todo mundo desenharia, mas... não fiz nada disso! Apenas coloquei no bolo o nome dela, a única exigência da aniversariante.
Brincaram muito, cantaram parabéns, comeram salgadinho, bolo, brigadeiro e suco. Se divertiram à beça. Foi uma festa deliciosa, simples e inesquecível. Feliz 6 anos, filha amada. <3
Aqui no blog também tem uma outra festa de 6 anos incrível, no mesmo estilo meio sem pé nem cabeça, quer dizer, de criança para criança! A festa de 6 anos da Laurinha, uma mistura de festa da fantasia, com piquenique e bolo preferido, de iogurte! Delícia!

5 de fev. de 2015

roupa para brincar

Tem mãe que pensa em roupa de criança e já imagina um babado e um laço, não tem? Eu, quando penso nas meninas, penso em conforto, algodão, malha, que elas vão sentar no chão, esfolar o joelho e, claro, derrubar suco em tudo.
Daí, de uns tempos para cá, comecei a perceber que encontrava cada vez mais laço - e renda, e brilho, e salamaleques mil - e menos conforto, roupa colorida e feita para criança.

Fiquei em choque, no verão passado, quando fui comprar biquíni para a Lola, tamanho 4, e havia na loja mais opções com bojo (!) do que sem. Meio intimidade demais, fica entre nós, mas, olha, eu tenho 36 anos e não uso bojo.
No comecinho do ano, outro trauma, em uma loja de departamento, eu e minha cumadi achamos sutiã (!!) tamanho 6, com bojo. Devia ter para a Anita também, mas não procurei. Saímos de lá logo e conversamos, conversamos, conversamos e, agora, apenas um mês depois, a conversa entrou em prática.
Decidi me juntar ao time das mães empreendedoras e, meio assim, no susto, criar com essa mesma cumadi, minha amiga de infância, com quem já joguei muita queimada na vida, o ROUPA PARA BRINCAR, uma lojinha online de roupas infantis, literalmente. 
Abaixo aos biquínis com bojo! Nós vamos panfletar a favor do conforto, para toda criança brincar, pular, correr e ser feliz. Espero que dê jogo!

Espero vocês no Facebook e no Instagram @roupaparabrincar  Inté!
* Não, não nos esquecemos dos meninos! Eles estão nos nossos planos! =)

1 de jul. de 2014

2 anos da Anita - Vai Brasil!

Lorena, minha filha mais velha, nasceu em fevereiro. E, em fevereiro, tem carnaval. Anita, a caçula, em junho. Já estava programando uma festa junina para os seus 2 anos quando tropecei em um Copa - no Brasil - pelo caminho. Anita é do dia 28 de junho e, as tabelas da Copa me mostravam que, se tudo saísse como o esperado, sábado, dia 28, era o primeiro jogo do Brasil nas oitavas de final, às 13 horas.
Festa de menina com tema de Copa, difícil! Sem a menor disposição de colocar um Fuleco na mesa, nem um campo de futebol, nem bandeiras do Brasil e parecer uma loja de R$ 1,99; decidi escolher para a decoração apenas as cores do Brasil. Na 25 de Março, no Fernando Maluhy, comprei três estampas em verde, amarelo e azul. Com elas, fiz bandeirolas, que já estão devidamente guardadas para a festa da Tita daqui 4 anos. Já saquei, será sempre assim.
Emprestei alguns pratos nas cores da festa da cumadi e da irmã e comprei na Tranqueira Chic dois vasos e um prato azul. Minha suqueira velha de guerra ganhou estrelas de contact (Já disse que eu amo contact?), guardanapos e copos nas cores do Brasil e pronto.
Na 25 também encontrei esses passarinhos antigos pra dedéu. Como eles não paravam em pé, acabei cercando-os entre os brigadeiros, beijinho e uvas. Encapei com tecido latas de Nescau - cola branca com água em cima e embaixo do tecido e tcharam, ficam perfeitas.
Com o jogo às 13 horas, não tive como fugir do almoço. Na bancada da cozinha, servi feijoada. Assim, antes, durante e depois do jogo os amigos puderam almoçar - e, alguns, jantar antes de irem embora. Para não estragar o almoço da criançada, mas dar um belisco e aliviar a tensão da turma do amendoim, amendoim verde e amarelo e pipoca.
Meses antes da festa, guardei latas e outros reciclados para criar uma oficina de batuque. Na garagem, encapei a mesa com papel pardo e deixei, além da sucata, grãos de milho, feijão, e durex verde e amarelo. Foram horas e horas de distração.
Acima, integrantes da bateria Ziriguidum: Gabi, Lalá, Lola, Titi, Mazuca e Amandinha, que trabalharam duro e deixaram em casa mais de 20 chocalhos (além dos que elas levaram embora!). Abaixo, na outra mesa de apoio, no papel pardo criei um bolão que foi difícil de acertar! Ô sufoco!
As estrelas de contact também foram parar na pia do lavabo, que ganhou ainda um varalzinho com uma camiseta do Brasil. 
De última hora me rendi ao futebol e comprei em uma loja de 1 real uma trave e aquelas bolinhas de chocolate para decorar o bolo. E ficou super bacana. Olha que torcida linda em volta da mesa!
Lola e Anita ganharam do meu primo camisetas personalizadas e também presilhas lindas da Menina Flor, da querida Dani Arruda, que me mandou tantas presilhas que deu para distribuir presilhinhas para todas as meninas da festa. 
E assim foi. Um dia delicioso, animado e divertido para comemorar os 2 anos da minha fofura que, está provado, é pé quente.

22 de jun. de 2014

O MAC e o labirinto

Há uns sete anos, quando editava uma revista de um shopping de São Paulo, decidi pedir para a repórter do Estadão Camila Molina, expert em artes plásticas, um texto sobre a nova safra do mercado de arte brasileiro. E ela me apresentou três artistas e um deles ficou para sempre na minha cabeça. Assim que vi as fotos das obras 3D do Henrique Oliveira, feita com tinta e restos de tapume, adorei. Anos depois, em um outro projeto, de uma revista de lançamentos de uma empresa de tinta, pensei nele para falar sobre texturas. Ele, montando uma exposição em Miami, negou, dizendo que não queria ver seu nome associado a nenhuma marca. Para o trabalho não foi tão bacana, mas ele estava certo.
Historinha boa de lembrar, nada mais. Assim que vi que ele estava montando uma super instalação no novo MAC USP, no antigo prédio do Detran, no Ibirapuera, percebi que, enfim, poderia conhecer sua obra de perto. E que obra. O labirinto de tapume mede mais de 70 metros e preenche quase todo o espaço do edifício anexo do museu. Uma caverna para adultos e crianças se divertirem.
A obra Transarquitetônica começa em um corredor quase que asséptico, um cubo branco com forro em gesso e luz fria embutida. A estrutura, no entanto, vai se corroendo, se transformando em tijolos e reboco; depois, em parede de taipa de sopapo, placas de madeirite e, então, lascas de tapume. Por fim, os corredores de tapume se estreitam e se mesclam a raízes de árvores.
Entramos na instalação e vamos acompanhando essa decadência da obra, brincando de encontrar saídas no labirinto e, de certa forma, refletindo sobre a moradia, a arquitetura, a vida. Eu confesso que fiquei bem impactada pela obra. Lorena no começo ficou com medo, mas logo encontrou outras crianças e relaxou.
Quando fomos, em um sábado chuvoso, outras famílias também escolheram o museu para passear. E o MAC é mesmo um ótimo programa: sozinho ou, com tempo bom, feito em conjunto com um passeio pelo Parque do Ibirapuera (o restaurante do MAM, dentro do Parque, é uma delícia).
O prédio tem sete andares e boas surpresas, como o gato gigante da Nina Pandolfo, que ronrona, para desespero da Anita! Visitamos três andares e foi uma delícia. Com espaços amplos, a cada andar há, no final do corredor, uma atividade lúdica.
Depois de ver quadros de Alfredo Volpi, do acervo do museu, as crianças podem fazer a sua própria arte com peças de bandeirinhas em madeira. Em outro andar há uma espécie de camarim, com espelho, moldura de quadro e um baú de acessórios para a criança se fantasiar e visualizar seu auto-retrato - ou seria selfie?
Lá também está exposto o quadro A Negra de Tarsila do Amaral, lindo. No último andar há obras bem contemporâneas que as crianças amam, como o fusca vermelho feito de plástico. Lá, do terraço, ainda tem uma linda vista de São Paulo. Vale a pena.
A entrada no MAC é gratuita. Também há estacionamento (pequeno) no museu de graça. A exposição do Henrique Oliveira fica em cartaz até novembro. 

3 de jun. de 2014

Festa de coração

Em busca de inspiração para a festa de 2 anos da Anita: sim, o tempo voa! Percebi que a festa da Lola de 1 ano não estava aqui no arquivo do blog. Foi uma festa simples, mas eu adoro. E foi também a minha iniciação nas festinhas infantis, que gosto tanto de fazer. A da Anita já está na cabeça, mas, por ora, eis a da Lola, feita há 4 anos.
Festa de um ano, normalmente, significa festa com pouca criança. E, em casa, sem o barulho excessivo do buffet, luzes, cama elástica, piscina de bolinha ou arco de bexiga. Pelo menos nas minhas são assim. Na festa da Lola a base foi um tecido de coração comprado na 25 de março.
Sempre na minha linha menos é mais, completei a decoração com guardanapos e pratos de coração, copos vermelhos, e bexigas também em coração, que, para não voarem, foram amarradas com fitilhos em pedras do jardim. O conjunto de panelinha da Lola também foi para a mesa para fazer uma graça. 
Para facilitar a minha vida, encomendei lanchinhos já embalados e me encarreguei do cachorro quente. Bolo, brigadeiro e os cupcakes da minha amiga Cris completaram o cardápio. Festa sem muito salamaleque, sem complicação e exagero, para comemorar com a família e os amigos mais próximos.

26 de mai. de 2014

Exploradora de Pinacoteca

Morar no interior é ó que delícia, ó que tranquilidade, e, eu completo: ó que falta de opção de lazer! Posso dizer isso por minha cidade, Tatuí, que não tem um parque público, nem um Sesc (lágrimas), apenas um museu pequeno e bem conservado (que já fomos incontáveis vezes) e um cinema mambembe. Em dias de chuva, nem na praça dá para ir - e nem trocar figurinha do álbum a Copa! E foi por isso que, no último final de semana chuvoso, fomos para Sampa para explorar algumas de suas muitas opções indoor. De bate e pronto tinha na cabeça três lugares que queria visitar - e nenhum deles era shopping! Todos eram museus, que eu e marido sempre amamos e as meninas adoram, cada vez mais.
Fazia bons anos que eu não ia à Pinacoteca do Estado e, depois de ver no IG uma dica de um kit para crianças desenvolvido pela Educateca, decidi ir para lá. Mesmo sendo sábado, mesmo com chuva, deu para estacionar o carro na área do museu e percorrer as salas sem muvuca. Estacionamento e visita gratuita.
Não há informações claras sobre o kit de jogos, nem sei há quanto tempo funciona, mas, ao chegar, fui me informar no balcão da Educateca. Escolhemos o kit básico, que vem com uma sacolinha, bloquinho e lápis e - Lola amou! - um binóculos, um broche e um livro com pistas sobre obras de arte espalhadas pelas 11 salas do acervo. Sempre que vou a museus brinco de caça ao tesouro, instigando a curiosidade delas, na Pinacoteca está bem fácil e gostoso fazer isso.
Com a imagem reproduzida, a cada página há três pistas: a imagem está perto de um objeto quente; o desenho está em um quadro com céu com poucas nuvens; o espaço é tão grande que nem dá para notar a quantidade de pessoas dentro dele. E assim foi; num záz passamos pelas obras da Pinacoteca, um prédio lindo que vale visitar e voltar sempre.
Além do acervo, está em cartaz a exposição Zero (até 19 de junho), que conta com duas instalações de espelhos e luzes que as meninas adoraram. A obra suspensa de Laerte Ramos (até 29 de junho) também chama atenção, mas o que elas mais amaram foi o chafariz colorido da Niki de Saint-Phalle. As "Nanás" cospem água pela boca, braços e tetas.. uma diversão.
Além deste kit explorador há algumas opções de jogos, com diferentes níveis de dificuldade: moleza, dureza e racha-cuca. Não testamos, mas as caixas pareciam bem bacanas. Na visita à Pinacoteca, sem chuva, ainda dá para passear pelo verde e pelas esculturas do Parque da Luz, que é um dos mais lindos da cidade, e admirar de perto a Estação da Luz, é só atravessar a rua.

Uma van também leva de graça os visitantes até a Estação Pinacoteca, ali perto. É lá que está a obra da Tarsila do Amaral, que eu esperava encontrar na Pinacoteca e já fui falando para a Lola. A obra (São Paulo) do acervo da Pinacoteca está, me informaram, junta com outras quatro da Tarsila na Estação.
Na Pinacoteca, com vista para o jardim, também tem um café bem aconchegante, que tem sempre duas ou três opções de pratos para almoço, mais pão de queijo, brigadeiro e outras delícias.
* Na foto, Lola analisando o caipira de Almeida Júnior e o Mestiço de Cândido Portinari.

** Já escrevi sobre criança + museu por aqui também, vai lá.